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Pecados Mortais e Libertação

Pecados mortais, enumerando-os e seus efeitos em nós, e como ficar livres deles. Por Padre Gavin Ashenden no retiro de Rhodes, Grécia – Setembro de 2012

Father Gavin Ashenden
Pe. Gavin Ashenden

Muitos de nós apreciaram assistir às Olimpíadas este verão.

A disciplina e realizações dos atletas foram notáveis e inspiradoras.

Seu apetite mais profundo era fazer o melhor que podiam na luta.

Correram por medalhas de ouro –

nós corremos para o abraço do amor, para a alegria do céu, pelo milagre da transformação.

Não é surpresa que Cristãos tenham olhado para os atletas e dito – são como nós. Fazemos isto. Temos também nossos olhos em um objetivo, desejamos renunciar a muitas coisas, nos disciplinarmos e lutar para alcançá-lo.

É como São Paulo fala também.

1 Cor 9,24-27

"Não sabeis que aqueles que correm no estádio, correm todos, mas um só ganha o prêmio? Correi, portanto, de maneira a consegui-lo...Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à servidão, a fim de que não aconteça que tendo proclamado a mensagem aos outros, venha eu mesmo a ser reprovado."  

Monges e freiras são frequentemente chamados a ser atletas da vida espiritual.

Mas qualquer Cristão batizado é chamado a ser um atleta do Espírito, como lutamos com a vida do Espírito em uma mão e com nossa natureza inferior na outra- a natureza inferior teologicamente chamada “ a carne” nas cartas de São Paulo.

Como seres humanos somos apanhados a meio caminho entre os animais e os anjos, e nós vemos, mesmo nesta vida, o processo visível de pessoas ficando mais angelicais ou mais embrutecidas.

Mas estamos envolvidos numa batalha contínua, porque temos duas naturezas, carne e Espírito, entrelaçadas em uma. Duas naturezas, Adão e Cristo, esforçando-se para ser formadas em cada um de nós.

Não há espaço para a neutralidade – somos apanhados entre o céu e o inferno e nosso Senhor, que é tanto criador quanto Salvador está fazendo, fez, tudo o que é possível, à custa do seu próprio sangue, da perda de sua própria vida, do confronto no Getsêmani e na cruz de todo o mal que existe, para nos levar para o céu.

Mas se retornamos para a imagem do atleta, nossa luta é mais como a das Paraolimpíadas, onde os atletas são todos deficientes.

Pois embora não possamos vê-las facilmente um no outro, cada um de nós vem para esta luta com feridas- e com as cargas diferentes e usualmente ocultas que todos carregamos.

Uma das razões pelas quais não devemos nunca julgar o progresso do outro, é que não podemos dizer que feridas cada um dos outros carrega- nem que cargas.

Então sabemos que temos que tentar duramente - mas como com tudo na vida, tentar duramente é parte da solução – mas aprender como fazer isto melhor, também é parte dela.

Existe uma técnica para qualquer batalha - dicas que podem nos ajudar no caminho, se apenas identificarem mais claramente o que é a luta.

 

FALSAS SOLUÇÕES MODIFICADORAS

Uma das características da nossa cultura presente é que a igreja se volta para duas outras fontes e não o foco espiritual.

A primeira é política. Não devemos temer falar contra as forças políticas que fazem de seu fim aprisionar a Igreja e ferir as almas humanas. Mas não devemos igualmente imaginar que as armas políticas vão ganhar o reino dos Céus. Jesus não foi um Messias político, a despeito de todas as sugestões enérgicas de Judas.

Cristãos, demasiadamente frequente, tentam resolver os problemas do mundo usando poder político para bons fins. Fazemos isto, em parte, porque ficamos cegos à realidade do mundo espiritual.

Mas a real transformação da sociedade reside na transformação das pessoas que a formam, e isto requer uma luta contra o pecado, que de outra forma nos corrompe e mutila.

A outra direção, à qual a Igreja se voltou para modificar o peso do pecado, é psicologia.

A cristandade secular enamorou-se pela mentira Freudiana de que a luta com suas próprias porções sombrias promove neurose.

Freud compreendeu bem o suficiente que havia luta entre poderes primitivos e consciência. Mas ele escolheu afirmar a legitimidade da energia primitiva – o Id, e minar a legitimidade da consciência, o superego. E pior que tudo, ele estabeleceu a associação entre experiência espiritual e estabilidade mental doentia ou loucura, - uma mentira que o mundo imediata e entusiasticamente engoliu inteira.

A mentira Freudiana continua que a luta entre nossas porções de energia mais baixas e primitivas é repressão, e repressão é má.

Então não lute, ao invés, fale com um terapeuta.

Ao mesmo tempo, caso o desgosto de Freud pela religião e espiritualidade não tenha capturado todo mundo, uma mentira alternativa apareceu para os mais instintivamente espirituais, no trabalho de Carl Gustav Jung. A mentira Junguiana é que o ser é o deus. Que nossa divinização repousa no reconhecimento de que que somos deus. E secundariamente que não há mal, apenas sombra, e a sombra não deve ser rejeitada, mas acolhida, para assegurar integridade psíquica.

À vista da falsa promessa de que nossa salvação reside em ganhar o Reino dos céus usando energia política, ou que a saúde humana reside em desistir de lutar e transformar-nos em mini deuses, nos desviamos da corrupção dos modelos seculares, e na direção da Sagrada Escritura e da Tradição.

 

A Batalha

A Escritura é obviamente perfeitamente clara se a deixamos falar por si mesma.

“Pois o nosso combate não é contra o sangue nem contra a carne, mas contra os Principados, contra as Autoridades, contra os Dominadores deste mundo de trevas, contra os Espíritos do Mal, que povoam as regiões celestiais. ” (Ef 6, 12).

As Mensagens são, evidentemente, a fonte mais clara e menos ambígua de autoridade, para nos ajudar em face aos nossos instintos culturais mais seculares.

Carne versus espírito –

São Paulo nos lembra da natureza da batalha espiritual comum.

“Ora, eu vos digo, conduzi-vos pelo Espírito e não satisfareis os desejos da carne. Pois a carne tem aspirações contrárias ao espírito e o espírito contrárias à carne. Eles se opõem reciprocamente, de sorte que não fazeis o que quereis. ” (Gl 5, 16-17)

Mas a maioria das lutas que enfrentamos acontecem em quietude, quase secretamente, nos momentos mundanos e ordinários da vida de cada dia.

Não há grande vantagem para o inimigo em transformar nossa tentação em drama. É muito mais efetivo começar a tentação lentamente e com sutileza, de forma que seja percebida com dificuldade.

Tem uma história, que aconselha como cozinhar um sapo.

Se você joga um sapo numa caçarola de água fervendo ele imediatamente salta fora outra vez numa ação reflexa. Ele é ferido, mas não morto ou cozido.

Se você o coloca numa caçarola com água tépida, que você aquece muito lentamente.

Não há um momento em que o sapo entre em pânico, uma vez que a mudança de temperatura é lenta e sutil. Mas ele termina cozido.

E é assim com a maior parte da tentação que sofremos.

Sabemos como lutar com algumas das grandes questões.

Mas são frequentemente as que começam pequenas que transpõem nossas defesas e ficam “normalizadas”.

Mas havendo re-enfatizado a natureza da luta que enfrentamos, nossa tarefa é encontrar modos de nos defendermos contra as tentações que se apresentam a nós.

O tempo e espaço que temos é pequeno, então espero que me perdoem o que estiver faltando neste resumo. Séculos de atenção monástica e outras atenções têm sido dedicadas a estes assuntos. 

 

PECADOS MORTAIS

Bem, primeiramente devemos definir nossos termos. O que queremos dizer com isto?

Para os Cristãos Ortodoxos do Leste, não há distinção como há no ocidente entre pecados mortais e veniais.

Um pecado mortal entre os ortodoxos é simplesmente um pecado do qual não nos arrependemos. Qualquer pecado do qual não nos arrependemos pode causar nossa morte espiritual.

A Teologia no ocidente gosta de padrões e sistemas.

E assim as pessoas começaram a fazer listas das tentações mais sérias e pecados que enfrentamos em nossa peregrinação.

O monge Evagrius de Ponticus, um heroico atleta da luta espiritual, em quem vamos nos inspirar fortemente esta manhã, fez esta lista em torno de 375 dC.

Ele começou a vida em Constantinopla onde apaixonou-se por uma mulher casada, e abandonou este encontro em Jerusalém. De lá, ele foi tornar-se um monge no Egito.

Foi ele quem primeiro sugeriu que havia 8 pecados cardeais ou pensamentos:

Os oito pensamentos sedutores (logismoi) contêm, neles mesmos, cada impulso tentador:

 

1 gula;

2 imoralidade sexual;

3 amor ao dinheiro;

4 tristeza;

5 raiva;

6 apatia;

7 vaidade;

8 orgulho;

Ele escreveu “Se estes pensamentos são capazes de perturbar a alma ou não, não nos concerne, mas se eles perduram ou não e se eles originam paixões ou não, isto nos concerne. ”

Em 590 dC, o Papa Gregório fez uma ou duas mudanças, acrescentando inveja à lista, e eles tornaram-se os “Sete Pecados Capitais”.

Não quero competir com o Papa Gregório, mas no tempo curto que temos, quero condensar mais estas tentações.

Notei que Evagrius tem três grupos consistindo de Desejos, Sentimentos e Posição.

Sob desejos quero condensar aqueles das seguintes categorias:

 

1 Ganância: que vai incluir em particular Luxúria (sexo, mas também comida e dinheiro).

Abaixo

2 Sentimentos desordenados: Raiva.

E abaixo

3 Posição:  Orgulho e Desespero

Foi em algum tempo na última década do quarto século, um monge chamado Loukios escreveu a Evagrius de Pontus, que foi um dos guias espirituais principais entre os monges do deserto Egípcio à época.

Loukios pediu a Evagrius para compor para ele um tratado que explicaria as táticas dos demônios que tentam minar a vida monástica; Loukios esperava que tal trabalho fosse ajuda-lo e a outros a resistir com mais sucesso às sugestões que os demônios fazem.

Em resposta, Evagrius enviou a Loukios uma carta, agora conhecida como sua quarta, e uma cópia do trabalho “Antirrhëticos”, melhor traduzido como “Respondendo”. Entre os monges da antiguidade tardia e início do Bizantino, tornou-se o mais popular dos livros de Evagrius.

O gênio de “Respondendo” é que não somos deixados como vítimas do constante ataque sub-reptício da corrupção, onde apenas sorrimos, suportamos e resistimos o melhor que podemos, mas, respondemos.

Uma forma de “autorização de peregrino” do quarto século.

Em Respondendo, somos apresentados aos pensamentos, circunstâncias e ansiedades com os quais os demônios assaltaram o monge e dão-nos uma estratégia primária na luta para superar estes assaltos: Antirrhësis, consiste de falar de passagens relevantes da Bíblia que contradizem ou, como Evagrius exprime, eliminam as sugestões demoníacas.

Evagrius reúne 498 peças da Escritura, as quais organiza para serem usadas para confrontar diferentes tipos de vozes, demônios ou tentações. Usaremos algumas delas neste papel esta manhã, à medida que examinamos as tentações ao pecado que enfrentamos.

 

CONSELHO GERAL

Se formos perguntar quanto dos problemas que sofremos é diretamente demoníaco e quanto simplesmente provém de nossa própria natureza imperfeita, é um conforto saber que Evagrius fez a mesma pergunta.

Evagrius não se incomodou em distinguir entre pensamento e impulso demoníaco. Ele os vê misturados. Eles se somam para a mesma coisa. John Cassian se incomodou, e atribuiu mais peso no estímulo de nossa natureza decaída. Ele falou mais frequentemente de vícios que de demônios e, situando o conflito do monge com a tentação mais dentro da divisão interior entre o espírito humano decaído e a carne, que dentro da divisão cósmica de Evagrius entre seres humanos e demônios.

Quero sugerir que a resposta possa simplesmente ser que uma exacerba a outra. Nossa própria natureza, imperfeita como é, já nos causará dificuldades com seus apetites desordenados, mas que a dimensão demoníaca traz uma maior intensidade e energia ao nosso próprio estado natural.

Penso que significa que temos que questionar primeiramente nossa própria vulnerabilidade natural e particular, e depois o fator da dimensão demoníaca.

 

PREPARAÇÃO

Nossa oração diária é o melhor meio de nos proteger contra a exacerbação dos nossos apetites desordenados pelo inimigo.

Nossa situação é uma fotografia expandida dos Discípulos no Jardim do Getsêmani. Nosso Senhor nos pede para ficar acordados – ficar vigilantes – e somos tão frequentemente superados por distração e sono espiritual.

Nossas preces diárias e a contínua recordação da presença do Senhor são os princípios básicos de onde tiramos nossa resistência às tentações que vêm.

A seriedade da situação é reforçada por nosso Senhor tornando claro nas Mensagens, que Ele quer que rezemos a oração de São Miguel todos os dias.

As origens dessa oração podem não ser conhecidas por todos, mas destaca o contexto da batalha espiritual que é particularmente feroz no nosso tempo.

O Papa Leão XIII (falecido em 1903) teve uma visão profética do século vindouro de tristeza e guerra. Após celebrar a Missa, O Santo Padre estava em conferência com seus Cardeais. Subitamente caiu no chão. Os cardeais imediatamente chamaram um médico. Não havia pulso, e temeram que o Santo Padre estivesse morto. Tão subitamente, Papa Leão acordou e disse, “ que quadro horrível me foi permitido ver! ”  Nesta visão, Deus deu a Satanás a escolha de um século no qual fazer seu pior trabalho contra a Igreja. O demônio escolheu o século vinte. Tão comovido ficou o Santo Padre por esta visão, que compôs a oração para São Miguel Arcanjo. O Papa Leão ordenou que esta oração fosse dita na conclusão da Missa em 1886.

Quando o Papa Paulo VI publicou o Novus Ordo da Missa em 1968, a oração de São Miguel e a leitura do “último evangelho” ao final da Missa foram suprimidos.

Mas em 1994, um mais alerta João Paulo Segundo encorajou sua reintrodução.

 

CONSELHO ESPECÍFICO – RESPONDER

Evagrius aponta que quando Jesus encontrou Satanás no deserto, no auge do conflito que aconteceu lá, Ele usou a técnica de voltar-se para as Escrituras e responder. Ele não aceitou o quadro de referência de Satanás, seu anzol com isca, não discutiu a partir do ângulo que Satanás utilizou para se aproximar; Ele rediagnosticou a questão, voltando-se para as Escrituras e deixando que as Escrituras fizessem o confronto. O Verbo de Deus usou a palavra de Deus.

De fato, Jesus sempre respondeu ao seu atacante com referências das Escrituras, através do seu ministério inteiro, tanto nas suas interações com humanos, quanto com oponentes demoníacos (por exemplo, Mc 2, 23-27).

Então, voltemo-nos para os pecados mortais e como poderíamos identifica-los e fugir deles.

Começamos com


1 GANÂNCIA E LUXÚRIA

Ambos são apetites desordenados, mas Luxúria pode ser vista como um aspecto da Ganância – Nas mensagens vemos Luxúria contrastada pela pobreza:

Sei como muitos de teus irmãos voltaram suas costas a ti; esses são, Meu bem-amado, os pastores que nada sabem, nada sentem, seguem seu próprio caminho, cada um atrás de seus próprios interesses, servindo à Loucura em vez da Sabedoria, à Luxúria em vez da Pobreza, à Desobediência em vez da Obediência;  (20 de Setembro de 1989)

Uma vez conheci o capelão de um Bispo que disse que parte de seu trabalho era ser um mediador junto ao bispo, quando os sacerdotes arrumavam problemas. E que ele tinha se habituado a classificar os sacerdotes, não de acordo com as três classificações no catolicismo Anglicano, Liberal ou Evangélico, mas, ao invés, dentro dos três apetites – Dinheiro, sexo ou bebida.

Eles são, evidentemente, apenas três tipos de ganância – e não há dúvidas que caracteres diferentes são mais vulneráveis um tipo que a outro de ganância.

Então, talvez a primeira coisa que devemos nos perguntar é onde somos mais fracos, nos termos dos nossos apetites desordenados, - porque é lá que os demônios concentrarão suas atenções.

Temos também, que tomar nota do fato de que eles sempre começam pequeno para terminar grande. Qualquer tentação que se apresenta para nós, na base de que sua escala é tão pequena, que não é uma coisa para nos preocuparmos, é uma coisa com a qual nós devemos nos preocupar!

De fato, o montante ou a escala podem não ser muito importantes – aos olhos de Deus –

Nem, de fato, se é agir de acordo ou apenas acolher bem em nossos pensamentos.

Penso que vejo mais o que nosso Senhor quis dizer, quando disse que olhar uma mulher com desejo era, de fato, cometer adultério. Isto é frequentemente tomado como exagero Semítico ou hipérbole pelos comentaristas, mas acho que o que ele queria dizer é que o reino espiritual é absoluta e finalmente tão real, quanto o reino material.

O que quero dizer é isto. Anjos não são menos reais que humanos só porque são espírito. Aceitamos isto. Mas significa também que quando consentimos com um pecado nos nossos espíritos, ou imaginações, para usar uma palavra mais familiar, é ainda real na dimensão de Deus. Deus vê ambos, matéria e espírito, como reais. Talvez, de muitas maneiras, espírito seja mais real que matéria. Mas o que isto significa é que o pecado acontece quer seja ou não, traduzido em ato físico.

Em um sentido isto é óbvio. Orgulho, ao que viremos, é uma atitude. Não é menos pecaminoso por existir no espírito, que por ter consequências quando origina um ato. De fato, C S Lewis costumava dizer que os pecados mais perigosos são precisamente os que não são visíveis materialmente; tanto porque são invisíveis, como também porque o reino do espírito onde funcionam é o ambiente mais sério.

O que isto significa?

Significa que tomamos a imaginação do mundo dos nossos pensamentos tão seriamente quanto o mundo de nossas mãos.

Jesus estabelece o mesmo ponto quando nos convida a nos reconciliarmos com nosso irmão antes de ir ao altar encontrar Deus. Por quê? Porque o pecado da atitude é real o suficiente para ficar no caminho de um encontro com Deus.

Mas isto significa que somos culpados conforme o que acontece no universo dos nossos pensamentos?

Evagrius diria que muitos dos pensamentos são colocados lá por demônios.

Os que vêm espontaneamente. Não os planejamos ou criamos – eles se nos apresentam.

O que importa é a que extensão os consentimos – que é o porquê é útil notá-los e repreendê-los o mais cedo possível.

Minha própria resposta quando me descubro subitamente tomando um caminho na imaginação que eu não deveria estar tomando, é repreender o pensamento.

“Aha! – eu te vi – e tendo visto o que você está para fazer, eu te rejeito”

Seguido pela declaração mais curta do batismo –

“ Eu me volto para Cristo, eu me arrependo de meus pecados, eu renuncio ao mal.”

E então, ainda a continuo rezando a oração de Jesus, ou uma dezena do rosário.

Santo Ambrósio de Optima (um monge Russo e santo do século XIX)

“Uma mulher ascética foi sitiada por um longo tempo por pensamentos impuros. Quando o Senhor veio e os lançou longe dela, ela o chamou: ‘Onde o Senhor esteve antes, meu doce Jesus? ’  O Senhor respondeu: ‘Eu estava no seu coração. ’ Ela disse então: ‘Como pode ser? Meu coração estava cheio de pensamentos impuros. ’ O Senhor disse a ela: “Saiba que eu estava no seu coração, porque você não estava disposta aos pensamentos impuros, mas esforçou-se tanto para libertar-se deles; e quando você não pode se libertar, você lutou e se afligiu. Desta forma você preparou um lugar para Mim no seu coração. ’”

Se o apetite que é aguçado e sedutor para nós é dinheiro, sexo ou bebida, o que está por trás é sempre o mesmo. É a promessa de conforto.

É claro que a promessa é falsa. É uma mentira.

É uma mentira em dois níveis.

O mundo da luxúria é um mundo falso, que inventamos em nossa própria imaginação, onde nos tornamos Deus.

Criamos um mundo de fantasia onde não há relacionamento, apenas um roteiro e drama que forçamos sobre o objeto da nossa imaginação através do desejo.

Criamos um drama onde não há algum relacionamento, alguma mutualidade, alguma responsabilidade, apenas manipulação da imaginação para trazer um prazer superficial baseado em uma falsidade.

O conforto deriva de uma mentira.

Mas certamente não é apenas na luxúria que nos encontramos presenteados com imagens na imaginação, projetadas para nos dar prazer.

 

IMAGINAÇÃO SANTA

Acontece também quando criamos em nossas cabeças e imaginações dramas de vingança. É apenas fácil demais nos oferecermos quadros que nos apresentam, nos quais reescrevemos o que nos aconteceu, para nos trazer conforto, alívio ou vingança.

Como podemos lidar com as imagens e a sedução da nossa imaginação quando nos descobrimos arrastados para o falso mundo que a luxúria cria?

São Paulo sugere que tornemos cada pensamento cativo de Cristo.

2 Cor 10,4-5

“Na verdade, as armas com que combatemos não são carnais, mas têm, ao serviço de Deus, o poder de destruir fortalezas. Destruímos os raciocínios presunçosos e todo poder altivo que se levanta contra o conhecimento de Deus. Tornamos cativo todo pensamento para leva-lo a obedecer a Cristo (...)”

Se a imaginação é usurpada por pensamentos que manipulam imagem de pessoas para promover confortos impróprios, podemos tanto recusar os pensamentos como subverte-los.

Recusar pode ser difícil algumas vezes. Quanto mais nos afastamos de algo que nos causa encantamento, maior poder ela pode ter de nos assombrar.

Mas e se introduzirmos Cristo no drama?

Onde quer que nossas imaginações queiram encontrar seu próprio caminho para produzir um falso conforto em questões de luxúria ou vingança, existe um modo de tornar o pensamento cativo de Cristo.

Em nossa imaginação, em vez de abandonar-nos ao falso conforto e prazer, podemos direcionar a imaginação no sentido de uma meditação acordados.

De quem quer que seja a imagem que encontrou caminho para o nosso pensamento, não aceitamos simplesmente a situação e a suportamos, podemos agir de forma proativa. Podemos carregar quem a imagem representa, como seja, até o pé da cruz.

Coisas estranhas se passam nessa meditação em vigília. É quase como se o drama tivesse vida própria.

Levamos a pessoa em questão, pela mão, pelo braço, convidando-a a nos seguir e vir conosco, e a conduzimos ao pé da cruz, e a apresentamos a Jesus que, da cruz, olha para baixo.

E depois deixamos a pessoa, a imagem, na presença de Jesus.

Algumas, tenho notado, estão felizes de vê-lo – algumas tentam esconder-se deles, algumas desejam evita-lo – mas frequentemente alguma coisa bastante profunda acontece entre eles.

Desta forma, ao invés de somente combater a tentação, também a transformamos, trazendo-a à presença de Cristo. Em lugar de lutar com desejo demoníaco, transformamos o momento em um encontro com Cristo e intercessão por seu bem-estar em substituição a um falso conforto para nós.

Quando a voz ou imagem vierem – leve-os a Jesus.

 

OLHAR SANTO

Me parece que nosso olhar, o modo com que olhamos, pode ser um caminho para lidar com a tentação.

Todos sabemos que há certas imagens que é melhor não olhar- uma espécie de custódia dos olhos. Mas do mesmo modo que lançar os olhos sobre alguma coisa, ou mudar nossa perspectiva e ver algo, podemos olhar para ela como bem.

Tanto do que se apresenta a nossos olhos é destinado a excitar nossa luxúria ou nossa ganância.

Nossa cultura capitalista consumista inteira é baseada em algumas pessoas muito espertas encontrando maneiras de vencer nossas defesas e excitar nossos apetites.

Então quando olhamos, como olhamos?

Dante, no seu grande poema A Divina Comédia, continuou dizendo, “ Olhe. Mas olhe BEM. ”

Olhamos para a aparência exterior, ou olhamos com os olhos do discernimento, a pedimos ao Espírito Santo para nos mostrar algo mais da pessoa real ou do evento real sob a pele, por trás das aparências, de forma que fiquemos mais alertas sobre a realidade por trás da apresentação.

 

REAGINDO

Escrituras para combater os demônios da ganância:

“ Portanto saberás hoje que Iahweh teu Deus vai atravessar à tua frente, como um fogo devorador, é Ele quem os exterminará e é ele quem os submeterá a ti. Tu, então, os desalojarás e, rapidamente os farás perecer, conforme te falou Iahweh. ” (Dt 9, 3)

“ Iahweh, quão numerosos são meus adversários, numerosos são os que se levantam contra mim, numerosos os que dizem a meu respeito: “Onde está sua salvação em Deus? ” Mas Tu, Iahweh és o escudo que me protege, minha glória e o que ergue a cabeça. ” (Sl 3,2-4)

Contra os pensamentos impuros que persistem em nós e frequentemente desencadeiam em nós imagens obscenas e que tentam nosso intelecto com paixões de desejo nos nossos membros desonrosos:

“Afastai-vos de mim malfeitores todos: Iahweh escutou  a voz do meu pranto! Iahweh ouviu meu pedido, Iahweh acolheu minha prece.” (Sl 6, 9-10)

Contra os pensamentos que nos compelem a demorar numa conversação com uma mulher casada, sob o pretexto de que ela nos tem visitado frequentemente, que ela se beneficiará espiritualmente de nós:

“Meu filho, por que errar com uma estranha? Por que abraçar os seios de uma desconhecida? - Não se demore com a mulher de outrem.” (Provérbios)

Das Lamentações de Jeremias

Ao Senhor, concernente aos pensamentos de fornicação que persistiram em mim:

“ Vê Iahweh, minha miséria e o triunfo do inimigo. ” (Lm 1, 9).

 

2 Sentimentos Desordenados

Ira

Cólera é uma das marcas de nossa cultura.

É interessante e alarmante ver as pessoas ficarem mais encolerizadas.

Uma vez mais, nossa cultura virou e torceu a resposta humana à raiva para fora do padrão.

Terapia tem, realmente, alguns discernimentos muito úteis para oferecer - especialmente na identificação da raiva oculta. Para algumas pessoas, o seu medo de serem inaceitáveis se reconhecerem sua raiva, ou seu terror do que a raiva poderia fazer se liberada, volta a raiva para o interior e contribui para o peso da depressão.

Mas nossa cultura terapêutica pode ser boa em cavar e exteriorizar a raiva, mas menos boa em ajudar as pessoas a conviverem com ela ou em curar suas causas.

Existe, é claro, diferentes tipos de raiva, e contextos diferentes nos quais a raiva é expressa.

Aristóteles distinguiu entre três tipos de raiva:

1-      Perda súbita do controle.

2-      Ressentimento de longa duração e raiva que busca vingança.

3-      Mas também raiva silenciosa que não pode ser expressa porque você não é um igual da pessoa que te ofendeu.

Queremos simplesmente notar que Aristóteles reconheceu que há um espectro da raiva, e de um ponto de vista Cristão, aprender a distinguir raiva que é não pecaminosa daquela que é.

São Paulo, em Efésios 4, 26, reconhece a legitimidade de alguma raiva, mas também seu perigo e toxicidade.

“ Irai-vos, mas não pequeis: não se ponha o sol sobre a vossa ira. ”

Há uma raiva em resposta à injustiça, crueldade ou blasfêmia, que é uma resposta legítima moralmente. Mas como usamos a raiva e a expressamos é mais problemático.

Nas mensagens há avisos sobre a ira. A raiva arquetípica de Cain contra Abel, que leva a assassinato nos é apontada.

Lembramos também que o demônio é descrito como um ‘assassino’ e raiva e ódio são venenos naturais com os quais ele tenta infiltrar nossos corações. Por mais justos que nos sintamos, há sempre um grande perigo de que estejamos contribuindo mais para a sua dinâmica, que para o Reino dos Céus.

Nosso Senhor Jesus constrói uma ponte entre o mundo material e o mundo espiritual quando ele liga a raiva ao assassinato.

Mt 5, 21-26

“Ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás; aquele que matar terá que responder no tribunal. ’ Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, terá de responder no tribunal; aquele que chamar ao seu irmão ‘cretino’ estará sujeito ao julgamento do Sinédrio; aquele que lhe chamar ‘renegado’ terá que responder na geena de fogo. Portanto, se estiveres para trazer tua oferta ao altar e ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e depois virás apresentar a tua oferta. ”

Existe o perigo óbvio de que a raiva no coração ou espírito possa transbordar em ação no mundo material. Mas Jesus ensinando como com o adultério, diz mais do que isto. O mundo do espírito é um mundo onde, mesmo se as coisas não são visíveis, são reais, novamente, mais reais do que no mundo material, que podemos avaliar e medir mais facilmente. E então, uma tentação para a raiva e o ódio, pode ser uma tentação ao assassinato no coração, da mesma forma que olhar e imaginar intimidade sexual é adultério no coração.

Os padres do deserto contam uma história:

Como São Benedito, não resolvemos um problema quando o carregamos por aí conosco, deslocando-nos.

“um dia, um monge encheu seu jarro com água e o pôs no chão. Subitamente, ele caiu. Ele encheu-o novamente e novamente ele caiu. Aconteceu ainda uma terceira vez. Com raiva, ele agarrou-o e quebrou-o. recobrando sua razão, soube que o demônio da raiva tinha zombado dele, e disse, “aqui estou eu, sozinho, e ele me venceu. Vou retornar para a comunidade. Onde quer que viva, você precisa de esforço, paciência e, acima de tudo, da ajuda de Deus. ” Então levantou-se e retornou. ”

Um dos nossos irmãos perguntou a Isodore, sacerdote de Sceticus, por que os demônios tinham tanto medo dele. E ele respondeu:

“Desde quando me tornei um monge, tenho tentado não deixar que a raiva suba tão longe que alcance minha boca.”

A tentação à ira é uma tentação profunda. E, novamente, ela usualmente vem com uma mentira demoníaca, de que nossa raiva é inteiramente justificada. Nós somos apenas perspicazes demais para argumentar como uma pessoa nos magoou ou feriu, sem mesmo saber o efeito de nossas vidas, palavras e atitudes nela. Não podemos saber onde reside a justiça entre nós e aqueles com quem brigamos. O que é porque o antídoto Cristão para a raiva e o ódio é oferecer a outra face e limpar o veneno dos demônios como perdão humilde de Cristo.

Como poderia ser a fuga da isca deste pecado perigoso?

Nas mensagens, somos lembrados muitas vezes que nosso Senhor procura por almas vítimas, que estejam dispostas a sofrer por seu próprio bem, mas também por causa do mundo inteiro. Quando ficamos encolerizados, reclamamos nossos direitos – certos que estamos corretos. Mesmo que estejamos certos, no senso limitado de que a outra pessoa se comportou pior que nós, nunca estamos absolutamente corretos. Nenhum incidente pode ser isolado do resto de nossas vidas – nunca estamos moralmente com crédito diante de Deus – e, portanto, não temos o direito de reclamar o ponto alto da moral, mesmo isolando o incidente com o qual estamos encolerizados. Permanecemos sempre o publicano suplicando ao Senhor, tenha misericórdia de mim - o pecador.

Poderíamos também pedir ao Senhor a graça de sermos capazes de ver diferentemente. Uma vez tive uma relação profundamente destrutiva com um outro homem que me causou algum dano, e recusou–se a reconciliar comigo quando pedi. Apareci aos meus próprios olhos como se fosse inteiramente ‘correto’ ( embora agora eu pense, alguns anos mais tarde, que eu supervalorizei a força moral da minha posição).

Eu subitamente o vi, não como um homem, mas como uma criança de cerca de oito anos, encolhida num canto, parecendo absolutamente miserável e quase numa posição fetal. Ele estava sofrendo profundamente em sua alma e já tinha estado assim por um longo tempo. Quando eu vi como ele sofreu e quão miserável estava, fui capaz de perdoá-lo livremente o dano que me causara e encontrar reservas de amor e compaixão por ele, que minha raiva nunca teria tolerado.


REAGINDO

Textos Bíblicos para responder ao demônio da raiva:

Contra os pensamentos de raiva que surgem ao longo do caminho de uma vida honrada:

“Não vos exciteis no caminho! ” (Gn 45,24).

Contra a alma que aceita pensamentos de raiva e coleciona contra os irmãos maus pretextos e falsas suspeitas:

“Deixa a ira, abandona o furor, não te irrites: só farias o mal; porque os maus serão extirpados e quem espera em Iahweh possuirá a terra. ” (Sl 37(36), 8-9).

Contra o pensamento de reúne más ideias contra um irmão, por exemplo, que ele é negligente ou um agressor ou que ele não faz o que deveria:

“ Não trames danos contra o teu próximo, quando em ti deposita confiança. ” (Pv 3, 29)

Contra o pensamento de raiva que nos impede de responder com humildade àqueles que nos punem justamente:

“Resposta branda aplaca a ira, palavra ferina atiça a cólera. ” (Pv 15, 1)

Contra o intelecto que não é compassivo, que não se compadece do seu inimigo quando o vê na pobreza amarga e não quer dissolver sua inimizade com uma refeição:

“Se teu inimigo tem fome, dá-lhe de comer; se tem sede, dá-lhe de beber: assim amontoarás brasas sobre sua cabeça, e Iahweh te recompensará. ” (Pv 25, 21-22)

Contra o pensamento que é agitado contra um irmão devido à desatenção:

“Todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, terá de responder no tribunal. ” (Mt 5, 22)

Contra o pensamento que guarda rancor e empreende retribuir a maldade àquele que a infligiu.

“A ninguém pagueis o mal com o mal; seja a vossa preocupação fazer o que bom para todos os homens. ” (Rm 12, 17)

Contra os pensamentos que nos lançam no pesar pelos defeitos dos irmãos:

“Carregai o peso uns dos outros e assim cumprireis a Lei de Cristo.” (Gl 6, 2)

Contra os pensamentos de qualquer tipo que são nascidos da raiva sobre matérias de tipos diferentes:

Toda amargura e exaltação e cólera, e toda palavra pesada e injuriosa, assim como toda malícia, sejam afastadas de entre vós. ” (Ef 4, 31)

Contra pensamentos de raiva que desafiam a murmurar sobre o serviço aos irmãos:

“Fazei tudo sem murmurações nem reclamações, para vos tornardes irreprováveis e puros, filhos de Deus, sem defeito, no meio de uma geração má e pervertida...” (Fp 2,14-15)

Contra os pensamentos nascidos do ódio, que tornam o intelecto assassino contra um irmão:

“Todo aquele que odeia seu irmão é homicida; e sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele. ” (1 Jo 3, 15)


ORGULHO

Orgulho é a mais profunda ilusão, sem dúvida. Ele nos ilude na crença de que temos autonomia e uma independência que são inteiramente falsas.

Nenhum de nós tem qualquer dificuldade de concordar que orgulho é perigoso e difícil, nosso problema é que é tão enganosamente difícil de reconhece-lo. Ele se arrasta para nossas almas lenta e enganosamente.

Santo Tikhon de Zadonsk

“Orgulho é o pecado mais abominável, mas dificilmente alguém o reconhece porque ele está escondido fundo no coração. Não se conhecer é o começo do orgulho. Esta ignorância cega um homem, e assim ele fica cheio de orgulho. Oh, aquele homem se conhecesse! Ele nunca teria ficado cheio de orgulho. ”

No poema O Homem Deus, de Maria Valtorta, Jesus avisa seus discípulos

“é mais fácil para um garoto ou um crente comum ser salvo que por alguém elevado para uma tarefa ou missão especial. Geralmente o orgulho de sua vocação impressiona aqueles que são chamados a um destino especial, e tal orgulho abre as portas a Satanás e rejeita Deus. É mais fácil para as estrelas caírem, que o é para as pedras. (p 534, vol 3)”

A diferença entre orgulho e um dos pecados da carne, como a luxúria, é que quando a luxúria nos ataca, sabemos tudo a respeito dela. A tradição monástica antiga reconheceu-a como a energia demoníaca mais poderosa e penetrante, mas não é a mais letal. Você sempre soube o que ela era e que ela era.

Os mais letais são orgulho e vaidade, uma vez que sua presença é oculta e eles trabalham secretamente, como um germe ou um vírus, trabalhando sem para na invasão de nossas almas, tão efetivamente que não sabemos mesmo quando fomos capturados.

Evagrius, John Cassian e Santo Agostinho, todos viram orgulho como o centro da rebelião de Adão. O desejo em nós de nos tornarmos Deus no lugar de Deus, de conhecer o bem e o mal como Deus conhece, viver para sempre por nossa própria autonomia, encontram raízes no orgulho.

A Rebelião de Satanás foi cheia de orgulho – A recusa de aceitar o lugar mais baixo.

E, portanto, essa rebelião, esse constante reflexo de nos alçar ao topo, o lugar de maior importância, é ubíquo. Acontece em toda parte para a maioria de nós.

Mas o grande perigo é que tão frequentemente, que não o vemos.

Lembro-me de receber uma carta do bispo, convidando-me para tornar-me Cônego da Catedral. De imediato vi isto como tentação ao orgulho, e decidi por humildade, que eu recusaria. E então me disseram que o bispo ficaria ofendido se eu rejeitasse e veria isto como orgulho e não humildade. Então aceitei e descobri, para meu horror, que eu estava um pouco orgulhoso da minha humildade.

Fui pego.

Mas muito pior que isto. Quando alguns anos depois veio o convite para mudar-me da Diocese, para meu horror, uma das minhas primeiras reações foi de perguntar “ mas se eu for – eu posso guardar o título de Cônego?!! ”

Como aquilo tinha acontecido. De alguma forma, ao longo dos anos, fiquei habituado ao título – ele tinha se tornado ‘meu’ – tinha secretamente me alimentado dele sem saber, encontrando conforto na importância espúria que ele implicava.

Mas nunca vi acontecendo. Aconteceu em segredo. Só fiquei alerta pelos sintomas que esta possível remoção produziu em mim. Eu tinha ficado orgulhoso, e nem tinha sabido disto.

Talvez a realidade seja que não possamos impedir o orgulho de encontrar seu caminho debaixo das portas que instalamos para nos proteger dele, possamos apenas estar determinados a arrepender-nos, quando vemos onde ele tomou conta de nós.

Desnecessário dizer, ele se estende não apenas à nossa importância pessoal, mas à importância de nossa paróquia ou denominação.

Não importa quanto sejamos gentis uns com os outros, secretamente lá no fundo, todos acreditamos muito frequentemente que temos um carisma particular de Deus em nossa comunidade ou denominação, que os outros não têm.

São Paulo nos convida a ver os outros como melhores que nós mesmos.

Mas evitamos isto presumindo que nossa tradição, nosso grupo, nossa esquina da Cristandade é superior, na realidade ou graça, àquela dos outros.

O grande antídoto para o orgulho é, obviamente, a Oração de Jesus.

“Senhor Jesus Cristo, filho de Deus, tem misericórdia de mim, um pecador. ”

A ser rezada tão regularmente quanto respiramos.

Mas só no caso de ficarmos muito acostumados a nós mesmos como “um pecador”, quando descobrimos que vínhamos secretamente bebendo do veneno do orgulho, à medida que nos surpreendemos olhando de cima para alguém mais, pego no pecado, na estupidez ou pior, alguém que evoca nosso orgulho por estar claramente nos olhando de cima... é o tempo de nos lembrarmos de nossos próprios pecados. E em face de nossa própria fraqueza e corrupção, não podemos continuar a nos proteger pelo desprezo pelos outros. Jesus tem que nos proteger, e com o seu perdão.

 

JESUS O PROTETOR DAQUELES A QUEM DESDENHAMOS

Orgulho pode tomar várias formas, inclusive uma aversão por pessoas a quem nos descobrimos desdenhando – algumas vezes por razões que nos escapam inteiramente – razões que encontram sua origem no inconsciente e são, portanto, difíceis ou mesmo impossíveis de examinar racionalmente. E ainda assim sabemos que os desdenhamos de alguma maneira, mesmo se não sabemos porquê.

Não muito depois de me tornar um Cristão na Universidade, lembro-me de sentir um forte senso de aversão por um colega estudante da Escola de Direito. Eu não tinha qualquer idéia de porque o olhava com desdém, mas meus sentimentos eram tão fortes quanto incoerentes.

Um dia, lembro-me de andar regularmente e rápido por um longo corredor e depois virar num outro, estreito, à minha direita. Tinha acabado de entrar no corredor quando, ao mesmo tempo, na outra ponta, andando na minha direção estava a pessoa de quem eu não gostava tanto.

Durante um segundo de divisão eu hesitei, me perguntando se eu poderia subitamente fazer uma volta de 180° e voltar as costas para esta pessoa, para evitar ter que caminhar na sua direção e passar por ela.

Quando eu estava bem ao ponto de agir, subitamente notei que havia alguém do lado dele. Ele era alto e vestido de branco, e tinha uma barba e eu soube repentinamente que era Jesus. Jesus tinha o braço em torno do homem e eles andaram juntos na minha direção.

Eu soube que se eu me virasse nos saltos e fosse embora, estaria voltando as costas para Jesus e me afastando dele também – e, evidentemente, não pude.

Eu caminhei na direção deles, ousando, com dificuldade, levantar a cabeça e olhar, tão envergonhado estava de minha prontidão para virar as costas a Jesus e alguém que ele claramente amava.

Santo Simeão de Sarov escreveu:

“Você não pode ser demasiadamente doce, demasiadamente gentil... Toda condenação é do diabo. Nunca se condenem uns aos outros. Condenamos os outros apenas porque evitamos conhecer a nós mesmos. Quando fitamos os nossos próprios defeitos, vemos um tal pântano, que nada no outro pode igualar. É por isso que nos afastamos e tornamos as faltas dos outros maiores. Em vez de condenar os outros, esforce-se para alcançar paz interior. ”


ORGULHO E AUTO-DÚVIDA

Pode haver uma coisa confundindo-o, como certamente me confundiu.

Como é que a mesma pessoa – algumas vezes nós mesmos – pode mostrar sinais de orgulho que envolve desprezar outras pessoas com um ar de superioridade, enquanto ao mesmo tempo experimenta uma profunda falta de autoconfiança ou autoestima?

Estas experiências não são contraditórias?

Há uma explicação psicológica, que tem a ver com projeção compensatória, mas vou deixar isto aos psicólogos. Estou interessado na explicação espiritual; e acho que é esta:

Tanto atitudes como aparências estão, certamente, baseadas em mentiras.

A voz que murmura no nosso ouvido que somos melhores que os outros, é uma voz mentirosa – é o veneno do demônio sendo derramado no nosso coração através dos ouvidos. E, de fato, não é verdadeira.

Mas igualmente, aquela voz que nos ameaça e nos diz que somos fracassos e insignificantes, que ninguém se importa conosco, é também uma voz mentirosa, - o veneno do diabo derramado em nossos corações. Somos de fato filhos amados do Pai, tão preciosos para Ele que não houve, pois, extensão de sofrimento que Ele não tenha querido suportar para nos recuperar.

Assim, em lugar de uma contradição, o que temos são duas mentiras que produzem comportamento conflituoso contraditório, como se poderia esperar.

E ambas as mentiras podem ser corrigidas pela recitação apropriada das Escrituras.


REAGINDO

Textos para combater as vozes demoníacas de orgulho.

Contra os pensamentos que nos compelem, por causa da vanglória, a tornar conhecido o nosso modo de vida ilustre.

“Seja outro que te louve, e não tua boca; um estranho, e não teus lábios! ” (Pv 27, 2)

Contra a alma que ama a honra de seres humanos mais do que o conhecimento de Cristo:

“Toda carne é erva e toda a sua graça como a flor do campo. Seca a erva e murcha a flor, quando o vento de Iahweh sopra sobre elas; (com efeito, o povo é erva) seca a erva, murcha a flor, mas a palavra do nosso Deus subsiste para sempre. ”  (Is 40, 6-8)

Ao Senhor, concernente aos pensamentos de glória que persistem em nós e que causam a queda de um intelecto que os demônios da raiva, tristeza e orgulho já feriram:

“Cura-me, Iahweh, e serei curado, salva-me e serei salvo, porque tu és meu louvor!”  (Jr 17,14) 

Contra os pensamentos de vanglória que compelem a alma a falar com palavras vazias, e aquele empenho que enreda o intelecto em assuntos transitórios, pelos quais colocam em movimento em  nós desejo ou raiva, ou que pintam em nosso intelecto visões obscenas que estragam a condição de pureza que adorna e coroa nossa oração:

“Eu vos digo que de toda palavra sem fundamento que os homens disserem, darão contas no dia do Julgamento. Pois por tuas palavras serás justificado  e por tuas palavras serás condenado.” (Mt 12, 36-37)

Contra a alma que é afligida pela vanglória e deseja aprender a sabedoria dos Gregos:

“Pois a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus. ”  (1 Co 3, 19)

Contra o pensamento de vanglória que quer jactar-se no trabalho, do caminho estável da vida:

“Quem se gloria, glorie-se no Senhor. Pois não aquele que recomenda a si mesmo é aprovado, mas aquele que Deus recomenda. ” (2 Co 10, 17-18)

Contra os pensamentos de vanglória que buscam o mundo e pintam sua glória diante dos nossos olhos:

“Não ameis o mundo nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo não está nele o amor do Pai. ”  (1 Jo2, 15)

Ao Senhor, concernente ao pensamento de orgulho que me glorifica, sob o pretexto de que, por minha grande força, expulsei os demônios da tristeza:

“Tua direita, Iahweh, pela força se assinala; tua direita, Iahweh, o inimigo estraçalha. Pela grandeza da tua glória destróis os teus adversários, desencadeia tua ira, que os devora como palha. ” (Ex 15, 6-7)

Contra a alma que orgulhosamente supõe que pela sua própria força conquistou os demônios que se opõem a que cumpramos os mandamentos:

“Portanto, não vás dizer no teu coração: “ Foi a minha força e o poder das minhas mãos que me proporcionaram estas riquezas. ” Lembra-te de Iahweh, teu Deus, pois é ele quem te concede força para te enriqueceres(...)” (Dt 8, 17-18)

Contra o pensamento blasfemo, que nega o livre arbítrio que há em nós e diz que pecamos e somos justificados não por nossa própria vontade e, portanto, a condenação não é decretada de maneira justa:

“Eis que hoje estou colocando diante de ti a vida e a felicidade, a morte e a infelicidade. ” (Dt 30,15)

 

DESESPERO

Desespero existencial

Muitas pessoas aqui podem ter sofrido de depressão. Certamente a depressão tornou-se um dos males e doenças mais comuns do nosso tempo.

Os doutores estão inundados de pacientes que sofrem de uma perda de esperança e significado, e são sugados para um vórtice de auto repugnância e passividade.

Algumas causadas pelas circunstâncias – depressão reativa.

Algumas causadas por química interior complexa e feridas infligidas na jornada humana, que ainda não foram curadas.

Algumas depressões são causadas simplesmente pela ausência de Deus nas vidas daqueles que ainda têm que retornar para Ele.

Mas há um outro tipo de depressão que necessitamos reconhecer, que é o desespero demoníaco.

Houve tempos no passado, quando fui imobilizado por um desespero exausto, minha esposa veio perguntar-me que tipo de desespero era?

Ela tinha um teste simples.

Ela deixou cair um rosário no meu colo e disse: “reze-o”!

Se o desespero fosse desespero da carne, eu teria, relutante e cansadamente, alcançado o rosário e teria começado a murmurar as dezenas.

Mas se eu reagisse com raiva ou um muro de recusa, então a depressão seria muito mais uma mistura, que envolvia o demoníaco. E isto significa que o rosário se tornou vital, por mais que o paciente ficasse zangado e recusasse.

Então, precisa-se de alguém que ore por nós e conosco, e nós próprios precisamos procurar a determinação interior de não sermos separados do amor misericordioso de Deus pelo inimigo. E saber que o inimigo não somos nós mesmos, mas de fato, um agente do inferno que anseia por que permaneçamos no desespero.

A mistura exata de carne e espírito em qualquer batalha pode não ser evidente para nós – mas devemos tratar nossas crises como sendo simultaneamente de carne e espírito e trazer remédio para ambas as batalhas.

Desespero Moral

Mas e se o desespero vem porque você tem lutado com um pecado particular – uma fraqueza particular, e tem sido continuamente vencido?

Esta situação pode levar ao mais profundo desespero e completa debilitação.

A pessoa pode ser tentada a desistir da fé – parar de tentar seguir Jesus, uma vez que a pessoa comete frequentemente erros embaraçantes com sérias consequências e a nossa vontade fica muito fragmentada e frágil para superar algo que parece ou que se comporta mais como um vício.

Este é o ponto onde devemos considerar que a pessoa pode estar nas garras de alguma força demoníaca, que é de fato, mais forte do que a nossa vontade, e buscar libertação.

Podemos mesmo extrair uma certa raiva justificada e, ao invés de sermos sufocados com culpa e auto aversão, enfrentarmos o convite para virar esta aversão contra nós mesmos.

Nosso Senhor não nos detesta – ele nos ama o suficiente para morrer por nós, mesmo se fôssemos a única pessoa sobre a terra.

Nossa aversão e raiva deveriam ficar reservadas para o mal que nos imobilizou.

O Senhor sabe o esforço que fazemos para superar nosso pecado.

Uma das passagens mais curadoras e úteis da Bíblia é o local onde São Paulo fala a respeito de um nível de falha que poderia levar o Cristão ao desespero, mas não leva. 

Rm 07, 14-28, Rm 8, 1-2

“Mas eu sou carnal, vendido como escravo ao pecado. Realmente não consigo entender o que faço; pois não pratico o que quero, mas faço o que detesto. Ora, se faço o que não quero, reconheço que a Lei é boa. Na realidade não sou mais eu que pratico a ação, mas o pecado que habita em mim. Eu sei que o bem não mora em mim, isto é, na minha carne. Pois o querer o bem está ao meu alcance, não porém o praticá-lo. Com efeito, não faço o bem que quero, mas pratico o mal que não quero. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que ajo, e sim o pecado que habita em mim.

Verifico, pois, esta lei: quando quero fazer o bem, é o mal que se me apresenta. Comprazo-me na lei de Deus segundo o homem interior, mas percebo outra lei em meus membros, que peleja contra a lei da minha razão e que me acorrenta à lei do pecado que existe em meus membros. Infeliz de mim! Quem me libertará deste corpo de morte? Graças sejam dadas Deus, por Jesus Cristo Senhor nosso!

Assim pois, sou eu mesmo que pela razão sirvo à lei de Deus e pela carne à lei do pecado.

Portanto não existe mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. A Lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te libertou da lei do pecado e da morte. ”

“Bendito seja Deus para sempre, estamos perdoados: mas ainda não fomos libertados.”

E assim, confiantes de que não estamos condenados, voltamo-nos para a Igreja e para aqueles que têm poder e autoridade para combater a força demoníaca, onde nós mesmos fomos derrotados. E para nós, logicamente, haverá oportunidade de pedir libertação, ou uma libertação maior do que a que já conhecíamos na tarde de Domingo às 16 horas.


ARREPENDIMENTO E LIBERTAÇÃO

Todos os pecados podem ser perdoados e, se pedirmos, serão perdoados, exceto um.

O pecado contra o Espírito Santo.

Jesus diz:

Na verdade eu vos digo: tudo será perdoado aos filhos dos homens, os pecados e todas as blasfêmias que tiverem proferido. Aquele, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, jamais será perdoado: é culpado de pecado eterno. ” Isto porque eles diziam: Ele está possuído por um espírito impuro.(Mc 3, 28-30)

O pecado contra o Espírito Santo acontece quando, sabendo que uma coisa é boa, é falsamente dito que é má.

Não pode haver perdão porque, a este ponto, se identificou completamente com a mentira de Satanás, que é deliberadamente inverter o bem em mal- não como um erro mas como uma perversão deliberada da realidade e da ordem moral.

Mas para tudo o mais há perdão.

Todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens,

Todos os seus pecados serão perdoados.

Nas mensagens encontramos nosso Senhor dizendo que tudo o que Ele necessita de nós é arrependimento.

O que é arrependimento? – é um simples voltar-se para a luz com as mãos abertas para a ajuda. A determinação ainda de afastar-se do que quer que se interponha entre nós e nosso Senhor. Há um limite para as vezes que voltamos? Nenhum. Todo dia, toda hora, somos convidados a voltar. E cada vez que voltamos escapamos da condenação – escapamos do mal, escapamos do nosso eu inferior.

Não há limites para o perdão.

Não há limites para o nosso retorno.

 

Fevereiro de 2003

e Eu responderei à tua súplica e te lembrarei que a carne e o sangue não podem herdar Nosso Reino, pois o que é perecível não pode herdar o que dura para sempre; não te preocupes, Eu curarei tua culpa, uma vez que o desejas, e Eu fluirei em ti como um rio, refrescando tua aridez e esterilidade; teu abandono a Mim é a única forma, junto com o teu arrependimento, pela qual Eu posso transfigurar teu espírito para que tenha o espírito de Cristo e descubra Nossa Vontade; penetrar os motivos de Deus ou compreender Seus métodos sem que Eu esteja em ti é impossível, mas Eu posso abrir a porta do conhecimento através de Minha Luz transcendente em ti, pois Eu, o Informe, tomarei forma em teu espírito; como um Sol resplendente, Eu derramarei Minha Luz em ti e reviverei o que está morto, cumulando-te de virtudes;

Em face de nossas limitações e falhas, o Senhor cuja misericórdia e justiça se equilibram, nos convida a ficar vigilantes – para nos equipar com a armadura de Deus. Como São Paulo escreve em Efésios 6, 13-18

“Por isso deveis vestir a armadura de Deus, para poderdes resistir no dia mal e sair firmes de todo o combate. Portanto ponde-vos de pé e cingi os rins com a verdade e revesti-vos da couraça da justiça e calçai os pés com zelo para propagar o evangelho da paz, empunhando sempre o escudo da fé, com o qual podereis extinguir os dardos inflamados do Maligno. E tomai o capacete da Salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus. Com orações e súplicas de toda sorte, orai em todo o tempo, no Espírito, e para isso vigiai com toda perseverança e súplica por todos os santos. ”

Enquanto equilibramos o chamado à santidade, o chamado para ficarmos alertas, o poder das Escrituras em face às vozes demoníacas, o chamado para fortalecermos nossa vontade e nossas contínuas faltas, voltamo-nos para o Senhor nas Mensagens para a última palavra:

por que visito os cemitérios e abro os túmulos em busca dos mortos?

por que vos chamo a uma Divina união e a um matrimônio espiritual?

Eu te direi por quê: mesmo que estejas “danificada” como dizes, Vassula, há esperança de reparação; é disso que se trata; Eu venho para salvar o pecador; e como disse antes; “aos homens isso é impossível; mas a Deus tudo é possível;1 em outras palavras, Eu sou infinitamente rico em Graça e é pela Graça que podeis ser salvos; Eu não desejo a morte do pecador; Eu sou a Ressurreição e desejo que todos vós vivais em Minha Luz; por essa razão, Eu desço à Terra através destas Odes e por outros meios também, para ressuscitar-vos, a vós que vos permitistes cair da Graça ao túmulo, e agora vos encontrais em decomposição aos milhões, devido ao pecado...

por Minha imensa compaixão, Eu disse diante da Corte celeste: “não quero, interminavelmente e para sempre, coberto de luto, ver a morte do pecador, mas que ele volte para Mim e viva;” (...) é tempo, sim, com efeito, de separar o joio do trigo; Eu fiz um juramento então e disse:

“Eu lhes darei, pelo poder de Meu Espírito Santo, a Graça de tornar forte o eu interior de todo aquele que responda ao Meu benevolente Chamado, para que possam viver em Mim e Eu possa viver neles pela fé; então, plantados no amor e edificados no amor, eles serão elevados, a fim de obter a plenitude absoluta de Mim;”

desse modo, respondi à tua declaração, Vassula; Eu disse, por Minha infinita Misericórdia: “Eu derramarei luz nesta criação irracional para iluminar suas mentes e renová-las através de uma revolução espiritual; Eu Próprio os conduzirei para essa renovação do eu e de sua mente, conduzindo cada um deles na bondade e na santidade da verdade; Meu desejo de salvar cada um arde em Meu Coração; Eu não desviarei Minha Face, mas ensinarei cada um e os reeducarei; (Fevereiro de 2003)

 

1-Daniel 9,19

“Senhor, escuta! Senhor, perdoa! Senhor, fica atento e entra em ação! Não demores mais, ó meu Deus, por ti mesmo, porque teu nome é invocado sobre a tua cidade e o teu povo!”

 
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